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Liderança Estratégica Feminina

  • Foto do escritor: Maisa Bertoglio
    Maisa Bertoglio
  • 3 de jul. de 2018
  • 7 min de leitura

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Nesses 18 anos trabalhando com Consultoria Empresarial, percebo que o grande problema a ser resolvido na Liderança Estratégica Feminina é conscientizar a mulher que o problema X é DELA, como pessoa, e que necessita casá-lo com a ação urgente, deixando de imaginar ou desejar quem deveria resolvê-lo, pois, quando assim age, acaba caindo no teatro feminino

que ela faz para se auto boicotar.


Nesse momento, não importando se existem pessoas melhores preparadas para fazer, resolver ou ajudar, é a mulher líder quem deve resolver o problema X, instalado no escopo do seu território. Isso porque, depois de apropriado dentro do seu ser, o problema X passa a ser DELA e, após assumir essa posição, é que ela deve chamar pessoas qualificadas para o escopo do seu negócio, seja ele na empresa, na família, na casa, na instituição em que esta mulher líder fizer parte.


A mulher tem que vencer muitas barreiras para realizar um crescimento pessoal saudável e, hoje, é uma questão de sobrevivência, nesse ainda novo milênio, focar no que é funcional e útil para os seus projetos e sonhos, colocando-se como pessoa, de espírito, alma e mente, e deixando de jogar um jogo falido, de quem se coloca como vítima, santa e deixando, assim, o outro errar no final.


O momento que o planeta está vivendo necessita de um posicionamento diferente das mulheres. Precisamos entender de forma clara o que está acontecendo no mundo e assumirmos uma posição estratégica de liderança feminina, ajudando a acabar com as diferenças sociais, de raça, sexo e nos unirmos para um bem comum.


Estamos passando por uma época onde o mundo está necessitando do talento e da habilidade natural da mulher, que é a inovação, o atendimento, a ternura, o amor, o ato de servir com excelência a todos, com alegria, de forma espontânea, leve, tranquila, fácil e acolhendo, nesse momento, os desejos, sonhos, talentos, forças, fraquezas de todos os seres existentes nessa Terra, ajustando, organizando para um bem maior, seja ele a empresa, a família, a Igreja, a comunidade, o Estado, o país, o mundo, o planeta.


O que impede muitas mulheres de assumirem suas posições como líderes é, sem dúvida, o problema de falta de autoconhecimento pessoal, de conhecimento na área de liderança feminina e as alterações significativas na área da ação. A mulher líder precisa inverter o sentido e a prioridade do fazer. Normalmente, a mulher trabalha muito, com dedicação e eficiência. Mas trabalha para os outros, ou seja, não o faz para satisfazer seu “egoísmo vital”, como um tijolo colocado na sua construção; o faz como dever de satisfazer outra pessoa. Como exemplo, a mulher pode exercer a maternidade e servir bem os filhos, como autoconstrução, ou como fuga, como meio de não assumir o protagonismo de si mesma. Porém, poderia fazer a maternidade como serviço, para dar consistência e maturidade ao seu ser, além de um ato de prazer e de bem servir ao filho.


Grande parte do trabalho, da ação em si da mulher, não é feita como algo próprio: trabalha para o marido, para o chefe, para a sociedade, com o risco de não computar a sua ação como captação de energia e crescimento. Ao contrário, desperdiça energia sem retorno em realização.


O ponto chave é identificar o seguinte: o que impede muitas mulheres de assumirem suas posições como líderes e de auxiliarem em estratégias eficazes e eficientes para todos?

A mulher possui uma energia que move muita gente, que agrega, aproxima, ajunta. Porém, essa mesma energia é ambivalente, ou seja, assim como atrai e provoca ao máximo o outro, acaba por, ela mesma, frustar e destruir o que fez. E é nessa hora que precisa do homem para que, juntos, possam focar toda essa energia movimentada e transformar em algo útil e funcional para todos.


Isso ocorre porque o homem tem uma habilidade nata que chamo de “egoísmo vital”, que é a habilidade de se cuidar, se proteger, se preservar. Esse egoísmo é diferente do “egoísmo egoísta”, que é a pessoa que quer tudo só para si, só pensa no seu umbigo e os outros que se ferrem.


Trabalhando com líderes (homens e mulheres), e sendo uma mulher líder, não lembro de ter encontrado uma mulher que exercitasse o “egoísmo vital” em pleno ritmo e com constância tal que resultasse numa estratégia de sucesso para si mesma. Também percebi uma graça explosiva, vencedora e uma retomada excepcional da mulher, quando essa parece deprimida ou arruinada. Depois de uma semana, poderá ter uma vigorosa recuperação. Já observando os homens líderes que trabalhei e que trabalho, posso contar nos dedos de uma mão a quantidade dos que não tinham ou não exercitavam com excelência o “egoísmo vital”. Da mesma forma, não observei nenhum homem líder se levantar de forma vigorosa, em tão pouco tempo, como o que acontece com as mulheres.


Chego a uma conclusão que, com a entrada deste milênio, as mulheres precisam se posicionar como Líderes Estratégicas, compartilhando suas experiências, vivências, habilidades, talentos, metas, objetivos e propósitos comuns para que os homens possam crescer como seres humanos melhores. Ao mesmo tempo, devem aprender com os homens os seus pontos fortes, suas habilidades, talentos, foco e egoísmo vital, pois o que falta nas mulheres os homens têm muito e o que falta nos homens as mulheres têm de sobra! Esse é o grande desafio do milênio: a busca pela paz e pelo crescimento pessoal e espiritual. E a única maneira de todos crescerem é aceitar as diferenças de opiniões, jeitos, idades, épocas, formas etc. Parece utópico e romântico, mas não é. Trata-se de questão de sobrevivência humana nessa nova era.


O mundo mudou muito. O acesso à informação, a produtos. A demanda modificou completamente. Hoje temos, dentro de uma empresa, quatro gerações juntas trabalhando. E cada um comunicando a sua linguagem, seu pensamento, querendo liderar sua vida. Todos precisam ser acolhidos, ouvidos, percebidos e ter supridas as suas necessidades individuais e pessoais. A loucura disso é que não mais dentro da família. Agora é dentro das empresas!


E agora? O que fazer? Qual o melhor profissional para cuidar dessa demanda organizacional de trabalho e do desejos desses novos clientes internos e externos? Como alcançar os resultados desejados e quais são os indicadores relevantes nesse novo cenário que se apresenta no mundo?


Lembro que, há 10 anos, as empresas me contratavam para ser Coach de mulheres líderes nas empresas, pois ela não sabiam focar em metas, objetivos, controlar indicadores, mas conseguiam manter a pesquisa de satisfação alta dos clientes internos e externos. No entanto, não davam resultados financeiros. Preparei muitas executivas e empreendedoras que se tornaram “homens” e sobrou até para o cachorro, pois eles não eram mais úteis (por não serem de raça não ganhavam prêmios) e nem funcionais (sujavam a casa e davam trabalho) e acabavam sendo expulsos do lar - rsrsrsrsrs!


Tornaram-se mulheres muito focadas em resultado e hoje exercem cargos importantes. São presidentes de associações, empresas etc. São executivas fantásticas, só que são mulheres que não conseguiram administrar, tal como muitos homens, o lado afetivo, pessoal, que tanto realiza o ser humano.


Agora sou chamada nas empresas para fazer Coach com os homens, para serem mais tolerantes, sensíveis, cuidadosos, jeitosos, respeitosos, pois ninguém quer trabalhar com eles. Isso vem acompanhado de toda a sorte de problemas possível, como o desemprego, suicídios, depressão, doenças etc.


Acredito que, nesse momento crucial em que nos encontramos, homens e mulheres precisam estar juntos na empresa, na casa, com os filhos e com a comunidade, pois, sem a união das habilidades e talentos naturais dos homens e das mulheres, não vamos conseguir fazer um processo de transição, de crescimento para esse novo milênio que inicia.

Percebo que, nesse momento, o papel de mãe biológica, que é fazer filhos, é simpático, porém secundário, não é prioritário. Nesse momento, o que o mundo precisa é de mulheres líderes, “mães psicológicas”, pois o papel desempenhado, nesse momento da história, é de mulheres líderes de ALMA, de espírito, que façam parte da história de forma efetiva, participando da criação de um novo mundo.


Toda mulher líder é livre e pode inventar uma nova vida a cada sete anos. Uma nova empresa, um novo mundo, um novo trabalho, um novo interesse. E com isso, é claro, observando os vínculos da sociedade econômica, política, jurídica e com a fantasia de criar a si mesma no mundo.


Dicas de Liderança Estratégica Feminina

1. Assuma a responsabilidade da sua vida e dos seus relacionamentos; chega de se posicionar como vítima do homem, da sociedade, do mercado etc.

2. Sonhe acordada, pois as mulheres que realizam seus sonhos de olhos abertos os tornam possíveis.

3. 80% dos seus resultados proveem de 20% dos seus esforços; você sabe quais são os seus esforços que estão gerando 80% dos seus retornos?

4. Pense por que algumas coisas funcionam muito melhor do que o previsto. E por que algumas coisas pensadas funcionam mal?

5. Agende tempo na sua agenda para pensar!

6. Estratégias simples são a melhor barreira à imitação; mantenha as coisas simples!

7. Pense estrategicamente; uma boa estratégia é simples, distinta e pode ser resumida numa página.

8. Tenha sempre um plano de recurso; pense: ... e se?

9. Regra da boa negociação turca ... “só existem essas três opções na negociação: ganhar, ganhar e ganhar!”

10. Nunca diga “a coisa da maneira como ela é”; ninguém quer ouvir como as coisas são. As pessoas querem ouvir “as coisas” de uma forma que tenha impacto na sua posição, se for um caso válido.

11. Para progredir é necessário fazer mudanças; se você está cometendo erros, então não está fazendo progressos; sucesso imediato é algo muito raro!

12. As pessoas pensam, sentem e se comportam de forma confusa e contraditória. Um bom líder sábio compreende a complexidade da natureza humana e a psicologia individual, reconhecendo as semelhanças fundamentais que conectam a todos nós e também as diferenças importantes que nos tornam seres humanos diferenciados.

13. Transforme sua empresa e seus negócios em números; essa é maneira mais fácil para gerenciar e administrar (cinco cadeiras, 10 colaboradores, R$100,00, dois carros etc).

14. Pinte o quadro e o assine! O pintor é aquele que assina o quadro!

15. O humor requer relaxamento e prontidão para “ver” a ambiguidade e o absurdo! Ria! Não se torne tão enredado com a intensidade da sua agenda ou o sentido de auto-importância sobre suas prioridades de trabalho a ponto de não ver as ironias e paradoxos da sua vida organizacional.

16. Maturidade emocional combina com humildade, humanidade e humor!

17. Foco na Regra 90 – 10 da Negociação! 90% de todas as negociações são determinadas nos primeiros 10% da negociação. Os outros 90% do tempo é necessário para liquidar os últimos 10% dos detalhes. E esses 90% são determinados por a) gosto da outra parte? b) a outra parte gosta de mim? c) gosto da ideia?

18. Reveja os seus sucessos e insucessos e faça uma boa análise dos sucessos e dos fracassos que o tem surpreendido!

19. Cumpra a lei, pague os impostos! Esse é o maior risco do seu negócio fechar!

20. O maior desafio do líder é preparar as pessoas para o escopo do seu negócio. Elas não vêm prontas!

21. Sua empresa precisa de processos claros e definidos para sobreviver no mercado competitivo, mas saiba que isso não dá dinheiro!

22. O que dá dinheiro é “atendimento e inovação”! Para isso não existe processo.


Maísa Paranhos Bertoglio - Diretora da Qualificar Instituto

 
 
 

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